Recife

Recife
Recife. Foto Rainner Arthur

domingo, 23 de agosto de 2015

Cinco dias em Lisboa

Visitamos Lisboa no mês de junho, chegamos no dia 06/06 aproveitando o voo inaugural da TACV de Recife para Lisboa com escala em Cabo Verde. Não tivemos qualquer problema no voo, a empresa foi bastante pontual apesar das pompas e circunstâncias com toda a presença das autoridades pernambucanas e cabo verdenses no voo inaugural. Bom serviço de bordo e atendentes cordiais. Além do preço, que foi muito bom, quase metade do preço da TAP na época que compramos.
A escala em Cabo verde foi de aproximadamente duas horas. o Aeroporto é muito simples, nenhum comentário adicional sobre o mesmo.
Elétrico do Chiado
Chegamos em Lisboa às 12h apanhamos um táxi e fomos direto para o hotel. O serviço de táxi em Lisboa é muito bom a um preço bastante comparável com os demais serviços de transporte público, vale a pena fazer as contas antes de comprar os cartões diários de transporte que são vendidos em bancas de jornal, no metrô ou no aeroporto.
Ficamos hospedados no Pestana Palace Hotel, um antigo palácio localizado no bairro da Alcântara, relativamente próximo de alguns pontos turísticos como o Mosteiro de São Jerônimo e a Torre de Belém. O Hotel dispensa comentários, belíssimo, com uma maravilhosa infra-estrutura, um jardim magnífico, café da manhã perfeito, atendentes super prestativos e próximo dos pontos de transporte público como o ônibus (auto-carro) e os bondes (elétricos).
Vou descrever esta viagem dia após dia, assim fica mais fácil de perceber as proximidades dos pontos e se ter uma ideia do que fazer a cada dia.
No dia em que chegamos, como tínhamos pouco tempo, após deixar as malas no hotel, apanhamos um táxi e fomos para o Alto Chiado, na verdade tentamos ir, mas estava havendo um protesto na cidade e vários trechos estavam interrompidos e não conseguimos chegar no táxi até lá. Mas ficamos muito próximos. fizemos o resto do trecho a pé. Logo na chegada já vimos o famoso elétrico do Ascensor da Glória, paramos em uma padaria para fazer um lanche e continuamos nossa caminhada, passamos pelo elevador Santa Justa, seguimos o caminho descendo o Chiado em direção a Restauradores, pararmos para tomar uma Ginjinha e comemos uma sardinhas em um daqueles restaurantes que colocam as cadeiras na rua. Apreciamos a vista, tiramos algumas fotos e voltamos para o hotel.
Mosteiro dos Jerônimos
Segundo dia, domingo, aproveitamos a gratuidade, todo primeiro domingo do mês vários museus e monumentos históricos tem visita gratuita. Fizemos então um passeio a pé muito gostoso do hotel até a Torre de Belém, passando antes pelo Museu Nacional dos Coches, o Museu da Marinha, este último surpreende na ala das galeotas, sendo ambos muito bons e o Mosteiro dos Jerônimos, local de beleza impar tanto por fora, o que já bastaria, como por dentro. A Torre de Belém encanta pela história do lugar, vale a pena entrar e conhecer por dentro sua estrutura e subir até o topo da torre, voltamos a pé até a padaria dos pastéis de Belém, mas a fila ainda estava enorme e não paramos lá, talvez domingo não seja um bom dia para ir comprar os pastéis de Belém. Antes da padaria também tiramos umas fotos no monumento Padrão dos Descobrimentos . Para fechar o dia apanhamos um táxi e fomos ao Mercado da Ribeira para almoçarmos, comemos o famoso bacalhau, muito gostoso apesar de ser preparado de forma bastante simples. Depois do almoço fomos a pé até o Terreiro do Paço, paramos para contemplar o Rio Tejo durante a caminhada e depois seguimos a pé até o Castelo de São Jorge. No caminho até o castelo, ao chegarmos nas imediações da Igreja da Sé, acompanhamos uma procissão com cânticos muito bonitos. O Castelo de São Jorge (entrada 8,50 Euros) foi uma visita muito interessante, faltou apenas um mapinha mais detalhado para nos guiar lá dentro, o lugar é enorme e como já estávamos cansados de várias caminhadas durante o dia, saímos de lá mortos devido as várias subidas e descidas de escadas que fizemos tentando sair do castelo mas que não levavam a lugar algum, além de vistas maravilhosas. Na saída do castelo vimos algumas ruas enfeitadas para as festas de São João, que aliás são muito típicas na cidade de Lisboa durante todo o mês de Junho.
Oceanário de Lisboa
O terceiro dia reservamos para visitar o Oceanário e Cascais. Este foi o primeiro dia que começamos a usar os trasportes públicos, fomos até o Cais do Sodré, compramos o bilhete 24h para uso nos transportes públicos, dica: não joguem o bilhete fora pois o mesmo é recarregável. Como tínhamos baixado o aplicativo de Lisboa, ficou bastante fácil nos achamos nos meios de transporte da cidade. Apanhamos então o metrô (comboio) para o Parque das Nações, descendo na estação Oriente da linha verde. O Oceanário (entrada comprada antecipadamente pela internet por 15,30 Euros) é um lugar muito bonito, desde o seu entorno, com todo o espaço do Parque das Nações e Shopping até o próprio espaço do Oceanário, com os mais variados peixes, crustáceos e aves. O lugar é perfeito para as crianças mas também é muito interessante para os adultos, vale a pena a visita para quem gosta dos mistérios do mar. De lá apanhamos o comboio de volta para a estação Sodré e da Estação Sodré outro comboio para Cascais (bilhete comprado a parte por não fazer parte da região de Lisboa), onde almoçamos . A cidadezinha de Cascais é muito bonita, passamos pela praia da Rainha, da Conceição, fomos ao Forte Militar de Cidadela, almoçamos no Flamingo Café e ainda tivemos a sorte de ver um grupo de músicas típicas (Tunística Cascais) se apresentando no Largo 5 de Outubro.

Voltamos para Lisboa no final da tarde, novamente só o bagaço, mas felizes da vida.
No quarto dia fizemos um dia mais ameno, iniciando com uma visita ao Palácio da Ajuda, tentamos ir ao Jardim Botânico, mas estava fechado pois ainda era cedo, fomos então ao Palácio da Ajuda, e demos passadinha na Padaria dos Pastéis de Belém seguindo depois para o Museu do Azulejo. 
Terreiro do Paço visto do alto do Arco da Rua Augusta
Depois fomos até a Casa dos Bicos (entrada 3,00 Euros) onde funciona uma exposição permanente das obras de José Saramago, lugar super interessante para quem gosta do escritor e quer conhecer um pouco mais da sua história. Paramos na Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau da Rua Augusta para comprarmos os famosos pastéis de Bacalhau (3,45 Euros cada pastel, mas realmente vale a pena) e aproveitamos para comer nossos pastéis de Belém. Depois fomos ao Lisboa Story Centre (Memórias de Lisboa), o que teria sido muito bom se tivéssemos feito no primeiro dia, pois teríamos entendido melhor a história da cidade. Lá ainda ganhamos um ingresso para subir o Arco da Rua Augusta. Almoçamos no Restaurante Cervejaria Lisboa Portugal, onde novamente comemos um delicioso bacalhau servido por um garçom brasileiro, na Rua dos Correeiros, paralelo a Rua Augusta. Depois do almoço demos uma passada rápida no Museu de Fernando Pessoa e voltamos para o hotel. 
Palácio da Pena visto do Castelo dos Mouros
No quinto dia fomos para Sintra, onde tivemos a feliz ideia de subir a pé da estação ferroviária ao Palácio da Pena. Esta foi de longe a caminhada mais sofrida que fizemos em toda Europa, jamais façam isso, a caminhada realmente é muito longa e cansativa, apesar das paisagens belíssimas ao longo de todo o caminho, o ideal é subir de ônibus ou táxi e retornar a pé (o que também fizemos), passando no caminho de volta pelo Castelo dos Mouros e o Palácio de Cintra. Ainda paramos na Antiga Fábrica de Queijadas Finas da Piriquita, na Rua das Padarias, para comer travesseiros e as queijadas, docinhos típicos de Sintra.
Fechamos a noite, e a nossa estadia em Lisboa, com um jantar maravilhoso no Timpanas Fado & Food (bom fazer reserva antes por e-mail timpanas@timpanas.pt), recheado com danças típicas e músicas de Fado. 

sábado, 1 de agosto de 2015

Poesias de Meu Pai - Devaneio



À  minha mãe
Quando pelas escarpas da colina
Corre a sombra da noite lentamente,
E lá no topo o sino da capela
Mistura seu som aos tons do sol poente,

E os pássaros se aninham nas ramagens
Sussurrando baixinho os seus amores,
Também a onda se arrasta pela praia
Chamando pra o descanso os pescadores.

Sentado no aconchego da varanda
Eu procuro nas nuvens que se foram
As sombras que povoam o meu passado.

Nas lágrimas que só os poetas choram,
Desliza o teu retrato pela face
Do canto que jamais será cantado
Florêncio
6/7/2015

Poesias de Meu Pai - Assim Foi, Assim Será


Quando a infância ainda
Me povoava os sonhos,
E eu coloria as rosas
Nos jardins da vida,
Já escorria o orvalho
Pela face úmida,
E o raiar dos olhos não alcançava tanto,
Porque a aurora distante já não tinha cor.
E o sereno frio me afogava o canto.

Hoje, curvado ao peso do arrebol,
Escuto os pássaros
Que já não me enxugam o pranto,
Mas anunciam a noite
Que me vestirá de negro,
Diluirá minha sombra
Que perambulou pelos tabuleiros,
Pelas veredas, pelo mar.
Florêncio
15/06/2015

domingo, 12 de julho de 2015

Receitas de Meu Amor - Bacalhau Frito com Salada de Alcachofras na Brasa


Ingredientes
4 corações de Alcachofra na Brasa Colavita "Carciofini alla Brace" cortadas em rodelas
300 g de bacalhau em tiras dessalgado
2 folhas de alface
1 tomate médio cortado em rodelas
2 batatas cozidas (com sal) cortadas em cubos
1 cebola média cortada em rodelas
2 dentes de alho
Azeitonas sem caroço
Amêndoas torradas
1 pitada de colorífico
Tempero Bombay "Herbs & Spices" NoSalt
Azeite


Preparo do Bacalhau
Refogue as cebolas e o alho no azeite e o colorífico, depois acrescente o bacalhau e deixe no fogo até que ele fique cozido. Por último adicione as batatas cozidas mexendo para misturar todos os ingredientes desligue o fogo e reserve.

Preparo da Salada
Comece adicionando as folhas de alface ao prato, depois acrescente as rodelas de tomate, as alcachofras, as azeitonas e por último as amêndoas torradas.
Tempere a salada com azeite a gosto e uma pitada do tempero Bombay.

Depois é só montar o prato.

Dica: Sirva com vinho de preferência do Porto.

domingo, 10 de maio de 2015

Receitas de Meu Amor - Conchiglie ao Shiitake


Ingredientes
500g de Conchiglie
200g de Shiitake
100g de linguiça calabresa defumada (ou bacon)
2 colheres de sopa de manteiga
1 taça de vinho branco seco
200 ml de creme de leite
1 cebola média picada
1 cubo de caldo de carne
Sal, pimenta do reino e queijo parmesão em lascas a gosto

Preparo do Shiitake
Lave os shiitake e retire a parte do caule, seque com papel toalha ou pano limpo, corte em tiras e reserve. 
Refogue a cebola e a calabresa picadas até dourar. Acrescente o shiitake e continue refogando até ficar macio. Acrescente o vinho e deixe evaporar o álcool. Acrescente o caldo de carne até dissolver. Desligue o fogo, acrescente o creme de leite a pimenta e o sal a gosto.

O preparo do conchiglie é feito normalmente como macarrão. Cozinhe até ficar ao dente.

Dica: Prove o molho antes de adicionar o sal. Adicione o queijo parmesão na hora de servir.

Sirva com vinho branco.

Pestana Vacation Club - São Paulo

Como já havia informado antes, entrei em um programa de hospedagem da rede Pestana de hotéis e farei sempre uma publicação com comentários sobre os hotéis que eu me hospedar durante esses três anos em que durar o pacote. Segue então os comentários da última hospedagem feita em São Paulo:
Em uma viagem recente à cidade de São Paulo fiquei hospedado no Pestana São Paulo. O hotel está muito bem localizado, próximo ao Parque do Ibirapuera, do MASP, da Avenida Paulista, para quem gosta de caminhar, também está próximo da badalada rua Oscar Freire, com seus restaurantes deliciosos e lojas caríssimas, do Teatro Procópio Ferreira e várias outros pontos de interesse. Esta hospedagem foi a última gratuita do pacote do Pestana Vacation Club que tivemos direito. Além da localização o hotel também possui uma ótima estrutura, funcionários bastante atenciosos e um café da manhã bastante farto.
Quando chegamos a São Paulo estava chovendo bastante, o que dificultou muito nossa chegada ao hotel. Fomos de metrô, descemos na estação Brigadeiro da Avenida Paulista. e segui para o lado errado porque quando olhei no mapa não prestei a atenção que eu poderia descer do lado direito ou esquerdo da Avenida Paulista. Como percebi que estava ligeiramente perdido resolvi pedir informação as pessoas na rua e ainda liguei no hotel, depois de tudo esclarecido, seguimos na direção correta, segue então a primeira dica para quem vai de metrô e não tem um celular com GPS, preste antecipadamente atenção em qual lado da estação vai sair. Descansamos um pouco e saímos para jantar a noite em uma pizzaria super estilosa e deliciosa, Pizzaria Veridiana, dica da equipe de atendimento do Pestana. No dia seguinte saímos para passear, MASP, Museu da Língua Portuguesa, Mercado Municipal e voltamos para o hotel para nos arrumarmos para o Teatro a noite. Domingo foi dia de Ibirapuera, que também está muito perto do hotel, apenas algumas quadras descendo a brigadeiro. Em resumo, um ótimo final de semana.

sábado, 24 de janeiro de 2015

Poesias de Meu Pai - Anoitecer


Era um clarão vermelho-amarelado
Barro rosado, que o oeste revestia
Nuvem cinza vestindo a fantasia
De um por de sol febril e apaixonado

A selva na colina adormecia
Ao canto do sabiá, quase chorado,
Chamando para o ninho abandonado
O filhote contente que fugia.

O regato entre o junco se embrenhava
Como cobra ligeira se escondia
Pela sombra da noite que chegava.

Na casinha distante um cão latia,
Sob velha sucupira eu descansava
Tomado pela lua que surgia

Olinda, 14/07/2006

sábado, 3 de janeiro de 2015

Poesias de Meu Pai - Triste Alegria














Nessa triste alegria do envelhecer
Procuro na memória enfraquecida
Uma lembrança que ora revivida
Torne-me agradecido o meu viver

Tal fita de cinema envelhecida,
Sol poente num distante entardecer,
Noite sem brilho, fraco amanhecer.
Sombra, somente sombra em minha vida.

Lágrimas do silêncio do meu peito
Acendem rastros na areia do passado.
Relembrar talvez não seja o jeito

De medicar o espírito adoentado.
Deixa que chore o velho no seu leito
Quando permanece à noite acordado

                                                                  Olinda, 31 de Agosto de 2007

Poesias de Meu Pai

Irei iniciar uma nova sessão de posts contendo poesias que meu pai, José Florêncio Teixeira, escreveu um dia, ou ainda irá escrever.
Meu pai começou a escrever poesia ainda quando muito jovem, o próprio nome dos filhos já foi uma poesia: Ricardo Alexandre, Rômulo Aníbal e Rainner Arthur. De verdade, e sem legislar em benefício próprio, conheço poucas pessoas com nomes tão bonitos e com uma sonoridade tão perfeita quanto o meu e dos meus irmãos, talvez tenha sido por isso que meu nome só foi escolhido após 5 meses depois de eu ter nascido, pelo menos assim me contaram. O nome da minha irmã foge um pouco essa regra, Lúcia Valéria, seu nome tem uma história menos poética mas também muito tocante.
Mas deixando os nomes de lado e voltando a poesia, a mais antiga que tenho datada em mãos é de 1967 mas sei que ele já escrevia poesias antes disso, pelos mais diversos motivos e nos mais diversos momentos. Colocarei as poesias sem qualquer critério cronológico ou de qualquer outro tipo, talvez algumas contenham palavras que não são mais usuais, porém irei mantê-las respeitando em alguns momentos a grafia da época. Espero que as apreciem assim como aprecio e que dessa forma meu pai seja eternizado também por esse feito.