Recife

Recife
Recife. Foto Rainner Arthur

sábado, 2 de novembro de 2013

Pedalando em Amsterdam

Que Amsterdam é a melhor cidade do mundo para os ciclistas todo mundo já sabe, mas ver e sentir isso de perto é realmente um momento incrível. A cidade possui ciclovias por toda parte, ciclovias de ótima qualidade, existe um respeito aos ciclistas que não se vê em outras cidades, quando falo em outras cidades estou falando de lugares como New York, Paris, Londres, enfim, cidades desenvolvidas e de primeiro mundo e de verdade esta me pareceu ser a melhor forma de se fazer turismo (barato e prazeroso). Lá é possível também viajar entre as cidades de bicicleta, com toda a segurança e garantia que vai chegar bem, inclusive esta é uma das ideias para a próxima viagem a turismo pela Europa.
Mas voltemos a Amsterdam. Como diz o guia que recebemos quando fomos a loja de aluguel de bicicletas, "Pedalar é a forma mais rápida e prazerosa para se conhecer a cidade. Amsterdam é muito bicycle-friendly. E não apenas o centro da cidade - nos subúrbios também vale dar uma olhada, e eles ficam a menos de 20 minutos de bicicleta". Assim como para qualquer outro veiculo, as bicicletas, ou melhor os ciclistas, também devem obedecer as leis de trânsito e respeitar os pedestres. Dicas importantes podem também ser vistas no site www.bikelikealocal.nl. As vias de bicicleta são amplas, possuem uma ótima sinalização e levam a todos os pontos da cidade. Existem pontos de estacionamento de bicicletas em todas as estações de metro, nos centros comerciais, museus enfim, em toda a cidade. Há lojas de aluguel de bicicleta espalhadas em toda a cidade, no nosso caso usamos os serviços da Mac Bike, eles fornecem os mais diversos tipos de bicicletas e têm lojas espalhadas em toda a cidade. Como minha esposa não sabe pedalar alugamos uma bicicleta dupla, lá chamada de "tandem" ao preço de 25 Euros o dia (24h). Não preciso falar o quanto nos divertimos neste passeio. Andamos pelo centro da cidade, atravessando os canais do red light district, seguimos em direção ao subúrbio, fomos a casa barco da nossa amiga Liz, paramos para comer algumas delícias em uma feira local e, alguns quilos mais  gordos, voltamos para devolver a nossa bicicleta.
Esse momento nos inspirou para um projeto futuro, e espero que não muito distante, que é o de percorrer algumas cidades da Europa de bicicleta. Com certeza terei boas histórias para contar deste passeio.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Cinco Dias em Paris

Recentemente estive em Paris de férias com minha esposa por cinco dias. A cidade é realmente um encanto e com certeza deve fazer parte da lista dos dez lugares para se visitar antes de morrer. Quis deixar registrado aqui no blog esta experiência para que eu jamais a esqueça e também dar algumas dicas para os meus leitores. 

Primeiro preciso contextualizar. Estudei Francês por dois anos, portanto consigo me comunicar com os nativos no idioma deles, claro que com algumas limitações, mas com certeza isso me ajudou bastante. Vim para Europa para passar vinte dias e estava hospedado na casa de amigos em Amsterdam, o que me facilitou muito em relação as malas, levei apenas uma mochila e uma bolsa pequena, o que foi ótimo para a mobilidade no deslocamento do terminal do ônibus ao hotel, o qual fizemos usando o metrô. Aqui vale abrir um parênteses, se você, assim como eu, escolheu o metrô como seu meio de locomoção, segue algumas dicas:
1. Se não tem um smart fone ou iphone compre um;
2. Baixe o aplicativo "visit Paris by metro", é essencial para sua sobrevivência no metrô de Paris;
3. Não compre o cartão do metrô, é caro e desnecessário. Em Paris o metrô nunca fica lotado, tem vários terminais eletrônicos de compra e ainda existe a opção de comprar um cartão com dez bilhetes que você economiza quatro euros. Existe uma relação de qual zona você vai transitar e o preço do metrô, o que para falar bem a verdade não entendi muito bem com funciona, mas vamos aos fatos: comprei um bilhete por 1,70 e cheguei no Palácio de Versailles o qual fica fora de Paris, sem pular qualquer catraca e passando o bilhete em todas as conexões, nos guias falam que o preço é 8,20 porque o Versailles fica fora da Ille de Paris. Enfim, o fato é que você chega lá por 1,70.
4. Preste muita atenção nas direções, mas não se preocupe se errar, sempre existirá a opção de voltar.

Fiquei hospedado em um bairro muito simpático, no Timhotel Jardin des Plantes. O hotel é simples, elevador e quarto minúsculo, mas super bem localizado e com atendentes muito simpáticos e prestativos, fica exatamente ao lado do Jardin des Plantes e também muito próximo de pontos turísticos como a Sorbone, o Panthéon e a Cathédrale Notre Dame de Paris e do próprio rio Sena. Outra importante vantagem do hotel é de ficar bem perto da estação do metrô. Outro bom aplicativo que baixei e que nos ajudou bastante foi o da Trip Advisor. O aplicativo é super interessante, ele contém dicas dos pontos turísticos com as informações mais relevantes, como preço dos ingressos, dias e horários de funcionamento. Possui também uma função GPS que te direciona ao ponto, caso você esteja perdido. 

Quanto aos locais visitados, fizemos uma pré lista considerando dois pontos por dia. Como chegamos na segunda-feira já a tarde, nos limitamos apenas a ir na Fnac comprar os ingressos do Versailles e do Louvre, foi neste caminho até a Fnac que tivemos a surpresa de passar em frente a Sorbone, foi aí que descobrimos como estávamos bem localizados.
No segundo dia, acordamos cedo e saímos para tomar café em uma das Brasseries que ficam na rua do hotel e claro comer o famoso e delicioso croissant. Seguimos então pelo Jardin des Plantes em direção ao rio Sena, margeamos o mesmo até avistarmos a Notre Dame, um verdadeiro espetáculo!
 De lá já fomos direto para a Tour Eiffel para termos certeza que estávamos em Paris. E com certeza estávamos. Foi belíssimo sairmos da estação do metrô e darmos de cara com a aquele cartão postal. A fila para subir a torre é enorme, mas nem dá pra se cansar na espera. Uma vez lá em cima tivemos uma visão privilegiada de Paris, todo o Champ de Mars e de toda Paris.
No terceiro dia fomos ao Palacio de Versailles, foi neste dia que descobrimos que com um único bilhete consegue-se atravessar Paris, talvez com mais tempo fosse possível entender melhor como isso funciona. O Palácio é enorme e maior ainda é o jardim do palácio. A visitação ao Jardim é gratuita, mas também só descobrimos isso quando saímos de lá. Acho que esse foi o dia que mais andamos, depois do Palácio, fomos ao Arc de Triomphe, andamos metade da Champs Eliser, entramos nas lojas, paramos para almoçar ou jantar, pois o ponteiro já marcava quase seis horas da noite. Ficamos por ali, passeando, esperando anoitecer. Agora foi a vez das fotos noturnas do Arc de Triomphe e da Tour Eiffel. Mais um aprendizado sobre o metrô, é possível sair em uma estação e voltar com o mesmo bilhete, talvez tenha um tempo de uma hora até expirar a validade do bilhete...
No outro dia, quinta-feira, fomos ao Louvre logo pela manhã, chegamos um pouco depois das 9h00, sem filas, entramos no museu e começamos nosso tour. O primeiro aprendizado foi que não dá pra ver tudo em um único dia, talvez em uma semana. São milhares de quadros, esculturas e objetos da antiguidade. Obras e mais obras de arte. Passamos aproximadamente quatro horas dentro do museu, ao final, novamente mortos, fomos ao Montmartre, almoçamos e continuamos subindo até a Basilique du Sacré Coeur, importante salientar que dentro da catedral não se pode tirar fotos. Depois descemos e fomos para o Moulin Rouge, mas não ficamos para o show.
Sexta-feira, último dia, mais uma volta pelo bairro, dessa vez o destino era o Panthéon. Aproveitamos e passamos mais uma vez pela Sorbone, foi interessante ver os estudantes na praça da universidade, estudando, conversando, comendo. Foi interessante ver um pouco da rotina dos parisienses e esta belíssima cidade.


domingo, 28 de abril de 2013

Um Homem de Bem

Esta semana estive no famoso Hospital Português, aqui em Recife, PE. Fui acometido por uma virose, aliás esta história é bem interessante, permitam-me contá-la do começo. Depois de 4 meses inteiros trabalhando dias e noites para deixar tudo certo no trabalho (é proibido falar de trabalho neste blog, mas tive que fazer este comentário para poder contar a história do começo), voltei a minha vida normal. E correr é uma das coisas normas que costumo fazer. Bom, fui a Jaqueira, de bicicleta (outra coisa normal que tenho feito muito) e chegando lá, começou a chover. Tudo bem, juntei-me ao meu grupo de corrida e começamos o treino, na segunda volta, pisei em falso e torci o joelho. Todo molhado e com o joelho torcido, voltei para casa, de bicicleta. Dois dias depois começaram os sintomas: corisa, tosse e um pouquinho de febre. Na terça feira a febre aumentou (40 graus) e tive que ir ao hospital. Escolhi a emergência do Hospital Português porque já tinha ido lá outras vezes com minha esposa (quando ela esteve doente) e não tínhamos tido problemas (talvez por ser de madrugada, mas desta vez era 3 horas da tarde). Só para resumir, o meu tempo útil de atendimento foi de 30 min (tempo de tomar os medicamentos) porém fiquei 4 horas na emergência, ou seja, 3 horas e meia só de tempo de espera. Ao sair, fui pagar o estacionamento, porém eles só aceitam dinheiro ou cheque para pagamento o que eu não tinha. Ainda com febre e cansado fui procurar um banco do Brasil do lado de fora do hospital, após 20 minutos caminhando voltei triste e comecei a contar minha história a menina do caixa. Aí entra o homem de bem... um homem que estava atrás de mim perguntou o que estava acontecendo e prontamente se prestou a pagar o meu estacionamento. Não me deu telefone, não me disse seu nome e muito menos o número da sua conta. Simplesmente ajudou... um verdadeiro homem de bem.
Resolvi escever este post apenas para agradecer, a Deus por ter colocado este homem na minha frente neste momento difícil e, é claro, a ele por ter sido tão generoso com uma pessoa que ele nunca viu, e certamente nunca mais verá. Obrigado!