Usina Belo Monte - A Favor ou Contra

Pensei muito se deveria escrever sobre este tema, visto a polêmica que paira sobre ele nos últimos 35 anos. Pois é, 35 anos. Para quem não sabia o projeto de construção da Usina Belo Monte nas terras dos índios Xingús vem desde a década de 70 quando iniciaram os estudos de Inventário Hidroelétrico da Bacia Hidrográfica do Rio Xingu. De lá para cá vários movimentos tiveram repercussão no Brasil e no mundo inteiro, mas talvez o momento mais lembrado até hoje ainda é aquele no qual, durante o I Encontro dos Povos Indígenas do Rio Xingu, a índia Tuíra  levanta-se da platéia e encosta o seu facão no rosto do então presidente da Eletronorte José Antônio Muniz. 

Imagem da Índia Tuira, 1989

Alguns dados e fatos relevantes que tenho colecionado a respeito desta polêmica:

- A Usina irá inundar uma área equivalente a 0,04% do estado do Pará (516 km²), porém não afetará áreas indígenas;

- Haverá perda de imóveis e deslocamento de pessoas das áreas afetadas e ribeirinhas;

- Um aumento significativo na quantidade de energia para o SIN (Sistema Interligado Nacional) é um fato;

- O Ibama já autorizou a construção da usina;

- A Presidente Dilma é a favor da construção da Usina Belo Monte, sendo essa uma das principais obras do PAC;

- O Projeto tem sofrido alterações de modo a minimizar os impactos ambientais da obra;

- A obra de construção da Usina de Belo Monte já foi autorizada pelo Congresso Nacional mediante estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental.

Não pretendo aqui expressar minha opinião a respeito deste tema, apesar de já tê-la bem definida, mas sim trazer informações para que vocês, como eu, leiam, entendam e tomem uma decisão consciente sobre de que lado querem ficar. 

Como material de leitura e reflexão sugiro os seguintes textos:

Blog Gota D'Água, encabeçado por vários artistas globais e contendo um abaixo assinado contra a construção da Usina Belo Monte: http://www.movimentogotadagua.com.br/

Blog Oficial da Norte Energia o qual contém uma cartilha bastante explicativa sobre a usina, os estudos ambientais e o seu processo de construção: http://www.blogbelomonte.com.br/

Texto da Wikipédia contendo um material didático de boa qualidade e um histórico interessante de todos os acontecimentos: http://pt.wikipedia.org

Texto da Revista Época mostrando outros dados relevantes tais como áreas desmatadas e famílias removidas até a finalização da obra: http://revistaepoca.globo.com

Site da Jovem Pan apresentando posição do governo frente a solicitação feita pela CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos: http://jovempan.uol.com.br

Estradas para Locais Seguros

"A maior faculdade que nossa mente possui é, talvez, a capacidade de lidar com a dor. O pensamento clássico nos ensina sobre as quatro portas da mente, e cada um cruza de acordo com sua necessidade.

Primeiro, existe a porta do sono. O sono oferece uma retirada do mundo e de todo sofrimento que há nele. Marca a passagem do tempo, dando-nos um distanciamento das coisas que nos magoaram. Quando uma pessoa é ferida, é comum ficar inconsciente. Do mesmo modo, quem ouve uma notícia dramática comumente tem uma vertigem ou desfalece. É a maneira de a mente se proteger da dor, cruzando a primeira porta. 

Segundo, existe a porta do esquecimento. Algumas feridas são profundas demais para cicatrizar, ou profundas demais para cicatrizar depressa. Além disso, muitas lembranças são simplesmente dolorosas e não há cura alguma a realizar. O provérbio "O tempo cura todas as feridas" é falso. O tempo cura a maioria das feridas. As demais ficam escondidas atrás dessa porta.

Terceiro, existe a porta da loucura. Há momentos em que a mente recebe um golpe tão violento que se esconde atrás da insanidade. Ainda que isso não pareça benéfico, é. Há ocasiões em que a realidade não é nada além do penar, e, para fugir desse penar, a mente precisa deixá-la para trás.

Por último, existe a porta da morte. O último recurso. Nada pode ferir-nos depois de morrermos, ou assim nos disseram." 

Extraído do livro O nome do Vento, de Patrick Rothfuss, capítulo 18, página 124.

Acendeu (Dudu Falcão e Jorge Vercillo)

Nos eóns do tempo, quando o planeta ainda unia seus
Elementos e separava jovens continentes, emergia das
Profundezas do atlântico recente uma maravilha
De arquipélago!!
E porque não considerarmos a hipótese de que
Cordilheiras, praias, rios e ilhas possuem consciência
Independente dotada de complexa
Cadeia de raciocínio, emoção, vibração e memória?
E se hoje, a própria ilha vier nos contar a sua história?

Eu nasci quando a terra menina
Erguia montanhas do fundo do mar
Continentes inteiros
E mil Himalaias a se projetar
Deu vontade de ver tanta coisa
Surgindo do lado de cá
E emergi sobre as águas
Num rastro de lua que entrou pelo mar...

Acendeu, acendeu, acendeu, acendeu
Uma ilha no meio do mundo tudo
Em volta é seu...
Acendeu, acendeu, acendeu, acendeu
Sou uma ilha no meio de mundo
Tudo em volta é meu

Quando o medo do desconhecido
Calava os olhos sedentos de céu
Onde cartas e mapas celestes
Guiavam seus mastros no breu
Quando as sombras da Idade Média
Ofuscavam o nosso pensar
Quando ainda juravam que o mundo
Acabava no abismo de um mar...

Ascendeu, ascendeu, ascendeu, ascendeu
Uma ilha no meio do mundo tudo
Em volta é seu...
Acendeu, acendeu, acendeu, acendeu
Sou uma ilha no meio de mundo
Tudo em volta é meu

Que saudade daquela menina
No espelho das águas com brilho de sol...
Hoje busco seu rosto na grande cidade
Em painéis de neon
Onde tantos se calam e afogam
Seus sonhos pra sobreviver
Sou mais um a vagar solitário
Buscando a mim mesmo em você...

Acendeu, acendeu, acendeu, acendeu
Uma ilha no meio do mundo
Tudo em volta é seu...
Acendeu, acendeu, acendeu, acendeu
Sou uma ilha no meio de mundo
Tudo em volta é meu...

Uma ilha no meio do mundo
Tudo em volta é meu

Eu Mato

Não se preocupem, não estou fazendo nenhum tipo de confissão, trata-se apenas do título de mais um livro que acabei de ler. Este é o livro de estréia do escritor italiano Giorgio Faletti, a estória é super interessante e empolgante (aqui tenho que abrir um grande parênteses: soube outro dia que a palavra estória não é mais usual, inclusive o próprio Aurélio não a recomenda mais, e pelo que falaram, isso já faz um bom tempo. Para quem não é da minha geração e não faz ideia sobre o que eu falo segue uma explicação... Antes existiam duas palavras, a saber: história, a qual trata dos fatos históricos e portanto verídicos e que aconteceram em um dado momento no passado e a outra, estória que trata de uma ficção, ou seja, algo que você cria e escreve, um conto. Para quem quer saber um pouco mais sobre este tema recomendo ler a explicação do Sérgio Rodrigues no link Historia x estoria: um conflito histórico).

Bom, voltando ao nosso livro, tudo acontece em Monte Carlo, no principado de Mônaco, com todo o glamour que este estado merece ser tratado. Um serial killer inicia uma série de assassinatos de forma fria e macabra, sendo todos os seus homicídios anunciados na rádio local, sempre terminando pela frase: eu mato. A foto ao lado serve apenas para retratar o local do primeiro assassinato: A marina de Mônaco. Tudo é passado de forma muito descritiva e com muito suspense, de modo que você consegue viver os fatos do começo ao fim do livro. E para desvendar tudo isso, não poderia faltar um agente do FBI, Frank Ottobre, que estava em Monte Carlo por outros motivos e terminou sendo convidado a participar do processo investigativo, aliás, comandar todo o processo. E é claro que também não poderia faltar um dose de romance nesse thriller. A identidade do assassino é revelada antes do final do livro, mas toda a trama para a sua captura continua de forma muito emocionante e só acontece no último capítulo. Não deixem de ler, é fantástico.

O Engenho Verde X Barragem Serro Azul

Foto: Aruza Holanda

Neste final de semana 15/10 fui com minha esposa e a nossa grande amiga Aruza desfrutar das maravilhas de Bonito, PE. Nosso objetivo inicial era apenas ter um contato com a natureza através da trilhas às cachoeiras de Bonito. Assim que entramos na cidade tratamos de contratar um guia (Edilson, 81 9602-9927) o qual nos atendeu muito bem e se mostrou além de um ótimo guia, um grande conhecedor da história da região e uma pessoa muito simpática. Edilson nos levou para as belíssimas cachoeiras do Véu da Noiva, Barra Azul, Pedra Redonda e Paraíso. No final do passeio fomos almoçar no Engenho Verde por recomendação do nosso guia. Foi lá que soubemos do verdadeiro crime contra o nosso patrimônio que está por acontecer. O Engenho verde possui um antigo casarão do século XIX construído por Louis Léger Vauthier, para quem não sabe trata-se do mesmo engenheiro que construiu o Teatro Santa Isabel. Este casarão também foi residência do jornalista, escritor e dramaturgo pernambucano Hermilo Borba Filho. Soubemos que para construção da barragem Serro Azul, obra que tem como objetivo evitar as grandes tragédias que vimos em Pernambuco no ano passado, principalmente na cidade de Palmares, será construído um paredão de 78 metros de altura para contenção das águas do Rio Una e, quando atingir seu volume máximo, a barragem irá cobrir não só toda a vegetação como também irá desabrigar algo em torno de 230 famílias e destruirá todo o casarão Engenho Verde, ou seja, passará uma borracha na nossa história. A população tem sugerido outros locais para construção da barragem que teriam o mesmo efeito final e não causariam tantos problemas, porém ainda não tiveram respostas. Um abaixo assinado será movido via internet pelo atual dono do casarão e, se tudo der certo, teremos nossa historia preservada.

Despertando a Excelência

Até hoje estou confuso sobre a formação do autor deste grande livro, Beto Colombo. Em uma última visita ao meu tio Jaime, recebi este livro emprestado. Acho que o li todo em menos de duas semanas. O livro é de fato muito bom e traz conselhos valiosíssimos. Segue a descrição do Beto Colombo, feito por ele mesmo em seu site (www.betocolombo.com.br): "Filósofo Clínico, presidente do Instituto de Filosofia Clínica do Sul de Santa Catarina, coordenador do curso de pós-graduação em Filosofia Clínica pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), teólogo leigo, articulista do jornal "A Tribuna" e da rádio "Som Maior Premium" de Criciúma/SC, administrador de empresas, palestrante, escritor, membro da Academia Criciumense de Letras". E para quem não sabe, a empresa que ele administra é a Anjo Química. Escrito de forma simples e direta, Despertando a Excelência serve não apenas para a nossa vida profissional, mas também para o cotidiano, despertando a nossa mente para pensar um pouco mais sobre como nos comportamos em casa, com nossa família, filhos, irmãos, esposa, enfim, com a sociedade como um todo. Parabéns Beto Colombo pelo maravilhoso trabalho. E obrigado tio Jaime pelo empréstimo.

O Rei, a Sombra e a Máscara

Continuando meus posts sobre livros que li, recentemente terminei mais um: O Rei, a Sombra e a Máscara. Mas esse tem um "q" a mais. O livro foi escrito por um antigo amigo de infância, Sidney Nicéas, e está a venda através do site www.sidneyniceas.com.br ou na livraria Jaqueira. É muito bom ver pessoas com quem convivemos a anos atrás com uma história de sucesso como a do Sidney.
O livro é fascinante e de uma lição de vida incrível. Através de uma prosa gostosa de se ler, Sidney aborda questões éticas e sociais. Uma ótima leitura !

Orçamento Participativo

Talvez nem todos saibam, mas a prefeitura da cidade do Recife possui um espaço na internet muito interessante no qual a população pode decidir a prioridade das ações e investimentos da prefeitura a cada ano. Neste espaço nós podemos verificar quais os projetos que estão cotados e votar naquele que consideramos mais importante. Gostaria de usar este espaço para solicitar o voto para um projeto muito importante para a nossa comunidade e particularmente para um amigo da empresa onde trabalho que tomou um susto no último inverno sofrendo com o risco de ter a sua casa arrastada pelos desabamentos de barreira que são tão comuns nos morros do Recife. Não se trata de uma invasão ou uma ocupação desordenada das encostas dos morros, na verdade estamos falando de uma comunidade que cresceu nos morros sem a devida orientação sobre como e onde construir e de fato agora precisamos lutar para que essas famílias continuem nos seus lares de forma segura. Para votar no projeto em questão, basta seguir os seguintes passos:


1. Entrar no site Orçamento Participativo;
2. Clicar na opção: OP 2011 vote aqui;
3. Preencher o formulário (para os que não moram em Recife mas mesmo assim desejam ajudar nesta causa basta usar um CEP válido, por exemplo 52060 590);
4. Escolher a opção: Ações Regionais;
5. Em seguida, rolar a barra e clicar na opção do bairro "Dois Unidos";
6. Na próxima tela escolher a opção 01: Contenção de Encostas e Morros;
7. Para concluir o voto, digitar o código de segurança e confirmar.


Pronto, fazendo isso você não gastou mais de 3 minutos e contribuiu de forma significativa com o bem estar de dezenas de famílias.


Obrigado !

Uma estrela sobre o Chão

Havia u'a estrela pelo chão da mata
E o sol de prata veio beijar-lhe os seios,
O corpo pálido de estrela virgem,
Sentiu vertigem por dóceis anseios.

Como era bela sobre o chão deitada
A estrela amada pelo rei do céu!
A folha verde que da árvore via
Sobre a frente fria veio deitar-lhe o véu.

As flores todas sem nenhum queixume
O seu perfume mandaram aos dois.
E o vento alegre numa serenata
Fez rangir a mata e cantou depois.

A estrela virgem tira a veste sua
E já quase nua faz o sol pasmar
E dos seios belos que só pedem beijos,
Raios de desejos mandam ao sol levar.

Do gigante audaz a alegria cresce
E sobre a virgem desce o corpo seu.
Ela molemente os braços distende
E o astro entende - Todo o meu corpo é teu.

De róseo belo se pinta todo Oeste
E a noite veste toda a mata densa.
- Tens que partir para a tua amante além.
E o sol - Ninguém o nosso amor compensa.

A noite cai sobre o casal ditoso,
E os dois em gozo não sentem sequer
Agora não era o sol que amava a estrela,
Já não era uma estrela, Ela era mulher.

José Florêncio Teixeira
23-04-1963

O 11° Mandamento

Costumo me emocionar facilmente com leituras, mas confesso que este livro em especial me fez refletir muito. Apesar de ser uma história tão distante da minha realidade o 11° Mandamento de Abrahan Verghese tocou-me de uma maneira singular. Além de tratar-se de um belíssimo romance, o livro também aborda a medicina de maneira fantástica, deixando qualquer engenheiro, como eu, apaixonado por esta ciência, ou seria uma arte ? A riqueza de detalhes sobre a vida cotidiana na Etiópia, Adis Abeba, cidade onde se passa a maior parte da história narrada no livro, também é de impressionar. Além dos fatos históricos relacionados, os quais eu jamais saberia se não o tivesse lido. Personagens como o Hailé Selassié passariam como inexistentes  para mim caso não tivesse conhecido esta grande obra. Sobre a cultura deste país instigante, também fiquei emocionado com a descrição da Tizita, música popular que, segundo o autor, só quem é de lá a entende e se emociona sempre que a escuta, senti-me curioso sobre ela e prometo um próximo post para tratar um pouco mais deste tema. Recomendo-o ! 

Pudim de Milho

A pedidos, segue a receita do Pudim de Milho que fiz no último São João aqui em Recife, lá na fábrica e também nas festinhas de São João em São Paulo nos anos em que estive lá. A receita foi escrita pela minha mãe, então é também uma pequena homenagem que a faço, por tê-la me dado, quando eu sai de Recife e fui morar sozinho em São Paulo. Sempre que preparo este pudim, lembro da minha mãe e dos doces momentos que passamos juntos. Fico sempre admirando como sua letra era redondinha e graciosa. E como ela fazia as coisas pra mim com tanto amor. Por isso a eternizo aqui nesse blog, de presente para vocês meus leitores !

R$ 0,25 o Minuto...

Hoje resolvi prestar um serviço de utilidade pública. Neste último final de semana estive no Shpping com minha esposa para comprarmos um celular, na verdade este não foi o objetivo principal, mas pra não sairmos de mão abanando, ela resolveu que iria comprar um celular, mulheres... Em resumo, compramos um celular dual chip nas lojas Americanas e fomos até a loja da Tim para habilitar um chip. Por que Tim ? Claro, fomos atraídos pela propaganda do R$ 0,25 do plano do Infinity Pré. Já conhecia, pelo menos achava que sim, este plano pois já tenho o chip Tim faz algum tempo. Qual não foi nossa surpresa quando, expontaneamente, o atendente resolveu nos explicar como funciona o plano, o que agora transmito para todos vocês, meus leitores. Na verdade, para o custo da ligação ser de R$ 0,25 ela tem que ser de um minuto ou mais, tendendo ao infinito (será que é por isso que se chama Infinity ?). Se você passar menos de um minuto de ligação pagará R$ 0,70. Quem já sabia desta informação valiosíssima, por favor inclua aqui seu comentário !

Eu Ciclista

Foto: Roberta Tavares

Na semana passada completei 35 anos e me presentei com uma bicicleta. Esse era um sonho antigo, ter a minha bike para curtir alguns passeios ao ar livre. A última vez que curti uma bicicleta foi nas minhas férias de 2009, quando estive em Bonito, no Mato Grosso do Sul. Peguei uma daquelas bem velhinhas e quase me acabei com as minhas férias. O passeio era de certa forma bem curto, de acordo com o mapa eram 9 quilômetros de distância do Albergue da Juventude de Bonito (www.bonitohostel.com.br) até o Balneário Municipal Rio Formoso. Nem por isso desisti, mas dessa vez fui mais esperto. Comprei uma bicicleta mais moderna, com amortecedores dianteiros e traseiros, marchas para facilitar nas subidas (apesar de não fazer a menor ideia de como usá-las) e saí em busca da minha turma. Como moro perto do Parque da Jaqueira, procurei por grupos que saíssem de lá pela  internet. Agendei um passeio com o grupo Pedal Clube mas quando cheguei na Jaqueira soube que eles são um grupo de longas distâncias e um tanto quanto veloz. Mas graças ao Sr. Elias, que me apresentou ao APS (Amigos para Sempre) e outros integrantes do grupo que encontrei na hora, inaugurei minha bike e curti um ótimo passeio pelo Recife com uma galera super animada vendendo saúde e disposição. E foi o primeiro de muitos que virão em breve...

As estradas em Pernanbuco

Agora em junho fez um ano que voltei a morar em Recife depois de 5 anos vividos em São Paulo. Desde junho do ano passado até hoje perdi duas calotas do meu carro. Sabe, uma das coisas que eu posso dizer que mais sinto falta de São Paulo são as rodovias. Bem construídas, largas, seguras, um verdadeiro tapete, minha amiga da Renovias que não me deixe mentir. Claro que os pedágios ajudam nesta conservação, mas convenhamos, não justifica o descaso que vemos por aqui. O pior é que os trechos com buracos não são poucos. Na verdade, falando da BR101, eles continuam por quilômetros. Minha primeira calota perdi naquele buraco enorme que fica logo antes do viaduto da avenida Caxangá (quem é Pernambucano sabe bem de qual buraco eu falo). A segunda, sabe que eu nem vi, quando percebi já estava sem, mas deve ter sido a caminho de alguma praia. Mas nada pode ser mais absurdo do que colocar uma lombada (obstáculo para aqueles que preferem chamar assim) no meio de uma rodovia e não estou falando de lombada eletrônica, mas sim daquelas que realmente quebram as molas do carro. Sua justificativa, permitir a travessia dos pedestres, aí eu pergunto, o que o pedestre faz em uma rodovia ? ou, que tal construir uma passarela ? Respostas: As margens das rodovias por aqui são tomadas de construções (casas, comércio, etc) e as lombadas são mais baratas. Bom, e quem paga as minhas calotas, pneus e amortecedores ? Eu mesmo !

Mas, para não dizer que não falei das flores, quero deixar aqui uma imagem de uma de nossas mais belas estradas, o caminho dos foliões neste São João, a estrada que leva Recife a Caruaru, a BR 232. O caminho dos foliões também no Carnaval, aqueles que curtem os Papangus de Bezerros. E também, para aqueles que adoram o friozinho do sertão e vão curtir o Festival de Inverno de Garanhuns começando  agora em julho, no dia 14. A foto ao lado mostrando um trecho desta rodovia foi tirada em 2005, mas pouca coisa mudou desde então.

Sustentável e politicamente correto

Outro dia uma amiga me falou: "Mas esse negócio de saquinho para colocar a caca do cachorro não é sustentável, como o cocô é orgânico, é melhor deixar no chão que a natureza cuida do resto? ". Na verdade apanhar a caquinha é muito mais uma questão de limpeza urbana do que sustentabilidade, ótimo seria se pudéssemos juntar as duas coisas... e não é que já fizeram isso. Repassaria o texto recebido aqui, porém como respeito as políticas e direitos autorais não o faço. Mas em resumo o artigo recebido através do " Mintel GNPD Email alert - Product inside update" falava a respeito da "eco-friendly dog poo removal", isso mesmo uma sacolinha para remoção do cocô do seu cachorro que respeita os conceitos de sustentabilidade, podendo inclusive ser descartada através da descarga, livre de resíduos tóxicos e PVC e que não se rasga facilmente. Sendo assim, cara amiga, agora podemos ser sustentáveis e politicamente corretos ! Basta-nos apenas esperar essas sacolinhas chegarem por aqui. Para maiores detalhes consultar http://www.gnpd.com.

São João na Capitá...

Foto: Rainner Arhur

Não é de hoje que as manifestações populares me fascinam. Sempre que viajo para algum lugar diferente procuro ver o que há de mais típico de cada região, as danças, comidas, músicas, literatura e folclore. Acho que essa admiração vem desde a adolescência, quando a minha professora de português, Marlêde, movimentava o colégio inteiro com as apresentações folclóricas. Cada turma era responsável por apresentar uma dança tipica que ia desde o Coco, passando pelo Maracatu e Afoxé, até a dança Portuguesa. Nos anos que passei em São Paulo, sempre que se aproximava esta época do ano ficava triste por não estar aqui, perto de todas essas quadrilhas, comidas típicas, danças, shows e cultura. Neste final de semana fui até o Sítio da Trindade, para mim é lá onde acontece o verdadeiro São João da Capitá. É impressionante ver como as pessoas se entregam a esta tradição, a esse batuque, cores e movimentos. E o melhor de tudo é saber que aquelas pessoas que estão ali, entregues aos embalos do forró, estão simplesmente porque gostam. Claro que existe um prêmio que é oferecido para a melhor quadrilha, mas esse prêmio nada mais é do que o reconhecimento de todo o esforço de cada um dos participantes que dedicam horas dos seus dias nos ensaios e que se preocupam para deixar cada detalhe em perfeita harmonia. A alegria estampada nos rostos de cada um dos integrantes é incrível. Vale a pena conferir! A programação completa das quadrilhas, shows e eventos que acontecem em Recife neste mês de junho está disponível no site www.saojoaodorecife.com.br. Divirtam-se.

Sacola Oxibiodegradável

www.biodeg.org

Aproveitando que sustentabilidade está em alta, achei este tema bem proveitoso para discutirmos. Outro dia recebi de uma amiga do trabalho um artigo falando sobre o uso de sacolas plásticas. Ao contrário do que vocês possam pensar o material não criticava o uso e sim incentivava o seu uso responsável. E de fato a questão procede. Frequentemente temos visto campanhas em supermercados para que as pessoas não usem as sacolas, que coloquem as suas compras em caixas ou mesmo usem as sacolas retornáveis. Agora imaginem, onde eu vou colocar o lixo do meu apartamento ? Lembro quando eu era criança, não faz tanto tempo assim, o lixo era colocado em cestos e esses dispostos na rua nos dias de coleta. No banheiro também não existia o saquinho de lixo, muito menos na pia. Da mesma forma, voltando a história do cocô dos cachorros, esses ficavam na rua mesmo e isso era normal. Hoje em dia, com o conhecimentos que temos hoje sobre microoganismos, bactérias, pragas, etc, criamos o hábito de usar as sacolinhas. Dessa forma, se não forem essas que pegamos nos supermercados, serão outras que compraremos. O fato é que: sacos plásticos serão sempre utilizados. O grande problema na verdade não é o seu uso e sim onde os dispomos. Não só as sacolinhas, mas toda a sorte de lixo que vemos espalhados pelas ruas. 

Foto: Rainner Arhur

Algumas empresas tem tomado iniciativas espetaculares. A padaria aqui perto de casa, por exemplo, adotou o uso da sacola oxibiodegradável, se vocês já haviam escutado esta palavra antes, parabéns, pois fiquei muito surpreso na semana passada quando a vi estampada na sacolinha da padaria. Como sou muito curioso, procurei me informar a respeito. O plástico oxibiodegradável, como o nome já fala, tem a propriedade de ser biodegradável sem deixar resíduos tóxicos para o planeta (tais como os derivados de petróleo deixados pelos plásticos comuns), a sua degradação é muito mais rápida e a sua reciclagem muito mais segura. São soluções criativas e eficazes como essas que com certeza trarão grandes benefícios ao nosso planeta.

1808

Há dois meses fiz uma viagem a trabalho para o Rio de Janeiro (Angra dos Reis). Sabendo que, além da viagem de avião de Recife ao Rio de Janeiro (2h30 de voo) ainda teria que pegar uma van até Angra (mais 3 horas de estrada) e que não conseguiria ficar tanto tempo assim apenas olhando a paisagem, decidi passar na livraria e comprar um livro. Como não tinha nenhum em mente, passei alguns minutos olhando algumas capas e títulos até encontrar este: 1808, de Laurentino Gomes. Confesso que não fazia idéia sobre o que havia acontecido neste ano antes de ler as primeiras páginas e fiquei impressionado com a riqueza de detalhes com a qual ele foi escrito. 1808 foi o ano da chegada da família real portuguesa ao Brasil. No livro, Laurentino Gomes retrata todo esse período em que D. João VI esteve no Brasil, na verdade desde a sua partida de Portugal, com toda a corte portuguesa. O que impressiona é a riqueza de detalhes resultado de um minucioso trabalho de pesquisa bibliográfica e a geniosidade da linguagem escrita usada. Com ele descobri coisas que não imaginava ter acontecido no Brasil, os costumes da época, a falta de decoro dos nobres portugueses e toda a indecência moral vivida naquela época que de alguma forma explica, mas não justifica, o que vemos hoje no planalto, nas ruas, órgãos públicos e privados. É muito interessante poder avaliar o nosso passado e com isso entender os motivos que nos levam a ser o que somos hoje. Recomendo-o.

Garu em Recife

Para quem ainda não conhece, este é o Garu. Posso dizer que ele é o maior presente que já recebi da Mars. Nos anos em que morei em Mogi Mirim, Garu foi simplesmente o meu companheiro. Fiel, obediente, alegre e lindo. A foto ao lado não foi tirada por mim, o ator é o Ezequiel, um simpático fotógrafo que encontrei na creche que Garu costuma freqüentar no último sábado. E aqui eu abro um parênteses. Por que Garu precisa ir a creche ? Pra fazer exercícios, se movimentar, conhecer novos amigos, enfim, socializar. Depois falarei um pouco mais sobre esse espaço maravilhoso que encontrei aqui em Recife pois na verdade meu grande objetivo neste post é levantar uma bandeira sobre a falta de espaços para diversão dos nossos cães aqui em Recife. Em todos os parques a entrada dos cães é proibida, Parque da Jaqueira, Sítio da Trindade,  Parque 13 de maio e até mesmo no Parque D. Lindu, criado recentemente pelo nosso ex-presidente Lula em homenagem a sua mãe. Restou a praia, outro dia fui passear com Garu na praia de boa viagem, eis que passa uma senhora e solta a seguinte frase: "deveria ser proibido andar com cachorro na praia". Na verdade o que deveria ser proibido é que pessoas mal educadas passeassem na praia, ou fossem aos parques, shoppings ou mesmo andassem nas ruas. Caros leitores e loucos por cachorros, precisamos mudar esta realidade. Claro que provavelmente este comportamento deve ser resultado da falta de educação de muitos donos de cachorros, que saem com seus cães para passear e não levam a sacolinha do cocô, deixando um rastro cujo cão, único inocente nessa história, será o único a pagar com a falta de espaço e a repugnância da sociedade. Portanto, levantem essa bandeira e venham comigo fazer um mundo melhor para os cães !

Primeiro post...

Acho que para começar eu devo uma explicação, por que eu decidi criar um blog ? É simples, de fato não tenho nada para fazer. Na verdade tenho, estou terminando de ler um livro, reiniciando meu curso de inglês, montando meu arquivo de fotos desde 2003 até hoje, organizando meus documentos, separando roupas para doação, etc, enfim tenho muita coisa para fazer. Mas escrever um blog sempre foi uma vontade minha. Ter um local na web só meu, onde eu pudesse compartilhar minhas experiências, críticas, histórias e anseios. Confesso que me senti inspirado por outros amigos, amigos esses que com certeza saberão de sua influência ao ler este primeiro post. Como juramento de blogueiro iniciante, quero deixar aqui o meu compromisso de, em primeiro lugar, jamais ferir as regras de nossa língua mãe o português, de não ser entediante ou prolixo e de sempre escutar meus seguidores. Espero que vocês gostem do que irei escrever e, apesar de parecer bastante inusitado um Engenheiro escrevendo em um blog, prometo sempre trazer boas matérias neste espaço.