A vida
Despeja nos meus sonhosTanta dor.
Não sou poeta,
Não sou cantor;
Misturo as letras,
Sou trovador.
Menestrel empoeirado
Pelas sombras do passadoVou deixando pelos caminhos
O rastro do viajor.
Já atravessei floridos campos
Riachos molharam-me os pés,
Ascendi os pirilampos
Com o facho do arrebol
Não sou poeta,
Não sou cantor;
Misturo as letras,
Sou trovador.
Menestrel já tão cansado
Com o fardo carregado
Debaixo de chuva e sol.
Vou curvado, sonolento,
Pedindo ajuda ao tempo.
Mas se escuto um rouxinol
Quando seu canto
embala a brisa,Sonoro, cadenciado;
Choro também as saudades
E as passadas tempestades
Como chora Maria Luisa.
4 de fevereiro de 2016
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