Recife

Recife
Recife. Foto Rainner Arthur

sábado, 24 de janeiro de 2015

Poesias de Meu Pai - Anoitecer


Era um clarão vermelho-amarelado
Barro rosado, que o oeste revestia
Nuvem cinza vestindo a fantasia
De um por de sol febril e apaixonado

A selva na colina adormecia
Ao canto do sabiá, quase chorado,
Chamando para o ninho abandonado
O filhote contente que fugia.

O regato entre o junco se embrenhava
Como cobra ligeira se escondia
Pela sombra da noite que chegava.

Na casinha distante um cão latia,
Sob velha sucupira eu descansava
Tomado pela lua que surgia

Olinda, 14/07/2006

Nenhum comentário:

Postar um comentário