À minha mãe
Quando pelas escarpas da colina
Corre a sombra da noite lentamente,
E lá no topo o sino da capela
Mistura seu som aos tons do sol poente,
E os pássaros se aninham nas ramagens
Sussurrando baixinho os seus amores,
Também a onda se arrasta pela praia
Chamando pra o descanso os pescadores.
Sentado no aconchego da varanda
Eu procuro nas nuvens que se foram
As sombras que povoam o meu passado.
Nas lágrimas que só os poetas choram,
Desliza o teu retrato pela face
Do canto que jamais será cantado
Florêncio
6/7/2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário