(elegia) À M José
Quando pousa o meu pensamento
Cansado de vagar no infinito
Na busca do silêncio que o motiva
Ou no sorriso triste de tua dor.
Como um frágil ramo verde
Vergado ao peso de tua imagem
Deixa cair o frio orvalho
Gerado nas dores da madrugada.
A folha pendida que varre o chão
Arrastada pelo vento da saudade
Roça de leve o rastro que deixaste
Gravado na areia do meu coração
Verga minh'alma ao peso reminiscente
Do tempo enraizado profundamente,
E dos frutos já quase amarelados
Que choram no meu peito tua ausência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário