Recife

Recife
Recife. Foto Rainner Arthur

sábado, 12 de novembro de 2011

Acendeu (Dudu Falcão e Jorge Vercillo)


Nos eóns do tempo, quando o planeta ainda unia seus
Elementos e separava jovens continentes, emergia das
Profundezas do atlântico recente uma maravilha
De arquipélago!!
E porque não considerarmos a hipótese de que
Cordilheiras, praias, rios e ilhas possuem consciência
Independente dotada de complexa
Cadeia de raciocínio, emoção, vibração e memória?
E se hoje, a própria ilha vier nos contar a sua história?
Eu nasci quando a terra menina
Erguia montanhas do fundo do mar
Continentes inteiros
E mil Himalaias a se projetar
Deu vontade de ver tanta coisa
Surgindo do lado de cá
E emergi sobre as águas
Num rastro de lua que entrou pelo mar...
Acendeu, acendeu, acendeu, acendeu
Uma ilha no meio do mundo tudo
Em volta é seu...
Acendeu, acendeu, acendeu, acendeu
Sou uma ilha no meio de mundo
Tudo em volta é meu
Quando o medo do desconhecido
Calava os olhos sedentos de céu
Onde cartas e mapas celestes
Guiavam seus mastros no breu
Quando as sombras da Idade Média
Ofuscavam o nosso pensar
Quando ainda juravam que o mundo
Acabava no abismo de um mar...
Ascendeu, ascendeu, ascendeu, ascendeu
Uma ilha no meio do mundo tudo
Em volta é seu...
Acendeu, acendeu, acendeu, acendeu
Sou uma ilha no meio de mundo
Tudo em volta é meu
Que saudade daquela menina
No espelho das águas com brilho de sol...
Hoje busco seu rosto na grande cidade
Em painéis de neon
Onde tantos se calam e afogam
Seus sonhos pra sobreviver
Sou mais um a vagar solitário
Buscando a mim mesmo em você...
Acendeu, acendeu, acendeu, acendeu
Uma ilha no meio do mundo
Tudo em volta é seu...
Acendeu, acendeu, acendeu, acendeu
Sou uma ilha no meio de mundo
Tudo em volta é meu...
Uma ilha no meio do mundo
Tudo em volta é meu

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